Um fenômeno mediúnico luminoso chamado de Estrela de Belém


Os espíritos ao se manifestarem, recorrem muito às formas de luz, fogo, relâmpago, clarão, tocha etc. E creio que grande número de autoridades religiosas judaico-cristãs tem conhecimento desses fenômenos mediúnicos luminosos, pois a Bíblia está cheia deles, só que eles não podem falar e mantêm este conhecimento “in pectore” (no coração). Esse assunto é, como se diz, um arroz com feijão para os espíritas, como eu mostro em meus livros, nesta coluna, palestras, seminários, DVDs, e programas de rádio e TV.

O Vaticano tem um museu de manifestações de espíritos a católicos, inclusive a autoridades da Igreja. No passado, só os bispos, alguns padres e leigos indicados por eles podiam entrar nesse museu, denominado de “Museu das Almas”. Agora está mais fácil visitá-lo. São cerca de 270 registros desses fenômenos provocados mediúnicos, inclusive alguns com marcas de queimaduras feitas por mãos em fogo, em livros e papéis.


E eis alguns exemplos desses fenômenos, chamados de espirituais por São Paulo, de manifestações de espíritos através de luz, fogo, relâmpago, tocha etc. “... os seus olhos eram como tochas de fogo...” (Daniel 10:6); “... apareceu-lhe o Anjo (espírito) do Senhor numa chama de fogo do meio duma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.” (Êxodo 3: 2). A sarça não se consumia, porque o fogo era apenas a forma usada pelo espírito, e não um fogo verdadeiro. A expressão “O Anjo do Senhor” está com as iniciais maiúsculas e o artigo definido, porque o tradutor, erradamente, entendeu que se tratasse do espírito do próprio Deus.

Em forma de fumaça ou nuvem (ectoplasma) é outro meio que os espíritos usam para se manifestar. “De dia a nuvem do Senhor repousava sobre o tabernáculo, e, de noite, havia fogo nele...”. (Êxodo 40: 38). E termino essas citações com este: “Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e diante do trono ardem sete tochas de fogo, que são os sete espíritos de Deus.” (Apocalipse 4: 5).

E não é por acaso que os povos antigos adoravam o fogo, e os orientais têm a palavra em Sânscrito Deva, que tem a raiz dos vocábulos Deus e divino, o que nos lembra da palavra latina “dies” (dia), que é uma consequência da luz solar. E é comum dizermos também que Deus, o Espírito Número Um, é Luz. Temos ainda as línguas de fogo de Pentecostes, que representam vários espíritos falando em várias línguas através dos apóstolos médiuns de xenoglossia (fenômeno que consiste em o médium, que está em transe, êxtase ou instase e outros estados alterados de consciência, falar em línguas estrangeiras desconhecidas por ele).

E parabéns ao astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, pelo seu artigo em Opinião, de O TEMPO, em 24-12-2011: “A Estrela de Belém foi um sinal astronômico ou sinal divino?”. Ele afirma que é mais lógico pensar num sinal divino e não astronômico. Apenas eu interpreto o termo divino como espiritual ou mediúnico, pois mago significa também médium. E, no fundo, pode ter havido no fenômeno luminoso influência de Deus sobre o espírito manifestante que guiou os reis magos e os pastores, e que eles pensaram, por ignorância da época, que se tratasse d'uma estrela, “A Estrela de Belém”!

José Reis Chaves
Belo Horizonte


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