Hora Grave (Bezerra de Menezes)

Vivemos uma hora grave na economia moral e social do planeta terrestre. A hora da grande luta soa na ampulheta dos tempos. A separação das ovelhas dá-se espontaneamente através da lei das afinidades. Honrados com o conhecimento libertador da Doutrina Espírita, descobrimos que este é o nosso momento de autoiluminação. 

É a hora do despertamento para as nossas atividades libertadoras. Chega o instante da grande decisão: luz ou trevas; ação no bem ou acumpliciamento com o erro. 

Não há outra alternativa.

No passado, embora conhecendo Jesus através da estreiteza dogmática e da intolerância teológica, optamos por transformar a Sua mensagem em um partido de dominação político-religiosa que vem escravizando as consciências longe do amor. 

Hoje não. 

Banhados pelo sol da razão, descobrimos os deveres que nos compete atender e despertamos para a realidade do ser imortal que somos. 

Sigamos a trilha sem olhar para trás. Reflexionemos profundamente nas lições da Doutrina, conforme exaradas na Codificação, e, vivendo a inteireza do postulado do amor, deixemos que a caridade esteja luzindo em nossa vida. 

Meus filhos, Jesus quer que apressemos a nossa marcha, e segue à frente hoje, como ontem, conclamando-nos ao ministério da construção do mundo novo. Não nos detenhamos nas discussões infrutíferas. Não relacionemos desafios e dificuldades. 

Não coletemos mágoas ou desaires. Estuemos de júbilo pela oportunidade rara de servir e de nos libertarmos do erro que nos vem escravizando há milênios.


O Senhor espera que cada um de nós, Espírito encarnado ou desencarnado que abraça a Doutrina Espírita, cumpra com o seu dever. 

E este, mediante a fidelidade aos objetivos desenhados na Doutrina, exaltados no amor, está aguardando por nós e impondo-nos a necessidade de permanecermos até o fim, apesar das vicissitudes e das dificuldades. 

A mediunidade é a ponte de luz atirada do abismo terrestre na direção do infinito de amor. Deixai que por ela transitem os seres imortais, trazendo para o mundo a revelação da imortalidade. 

Ide em paz, e que o Senhor vos abençoe. São os votos do servidor, humílimo e paternal de sempre. 

Bezerra de Menezes 


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